quinta-feira, 5 de maio de 2016

DESCOMPASSO





O dia passa. Notícias. Cansaço.
Sons da cidade em uma música estridente.
Não estou contente. Nem triste. Não passo.
Nenhum passo, nem um tom sorridente.
Nenhuma dança. Da mudança, descompasso.

Os vícios voltam. Do cigarro, um maço.
Os bons da cidade permanecem silentes.
Displicentemente. Subservientes. Sem traço.
Nenhum passo, nem um som ascendente.
Sem qualquer mudança. Da dança, descompasso.

Em outro sideral espaço, eu passo.
Abraço o verso devasso
Amasso o descompasso
E passo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário